O Ingrediente Básico do Vinho de Babilônia
Para começar, analisemos um texto do livro ESTUDOS BÍBLICOS da editora Casa Publicadora Brasileira, Tatuí-SP, edição de 1987, página 383, artigo A MUDANÇA DO SÁBADO:
“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo; de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” O Monitor Paroquial de 26 de agosto de 1926, Socorro, Estado de São Paulo.
Como podemos observar através deste documento católico, todo protestante que observa o domingo em vez do sábado bíblico, presta homenagem a Igreja de Roma, a Mulher de Apocalipse 18 (a Igreja Católica Apostólica Romana). Nisto, todo bom adventista concorda.
Esta outra citação de um artigo católico deixará até mesmo bons adventistas muito surpresos:
“Qualquer pessoa para ser salva, antes de todas as coisas é necessário que ela celebre a fé católica: A menos que cada um mantenha esta fé no seu todo, completa e sem mancha, sem dúvida perecerá eternamente. Mas esta é a fé católica; Que nós adoramos um Deus em uma Trindade, e a Trindade em uma unidade, não devemos confundir as pessoas; nem dividir suas substâncias. ...Assim, o Pai é Deus: o Filho é Deus: e o Espírito Santo é Deus. De forma que em todas as coisas, como supracitado, a unidade da Trindade, e a trindade em sua unidade devem ser adorados. Aquele que será salvo, tem que pensar desta maneira sobre a trindade.
“Nossos oponentes (protestantes) às vezes reivindicam que nenhuma crença deveria ser dogmatizada que não é explicitamente declarada na Bíblia (ignorando que é somente na autoridade da Igreja que nós conhecemos a certeza dos evangelhos, e não outros como verdadeiros). Mas as igrejas protestantes por elas mesmas têm aceitado tais dogmas como a TRINDADE pela qual não há nenhuma autoridade precisa nos evangelhos.” Revista Vida, 30 de outubro de 1950.
Exatamente aqui, começa a surgir um grande embaraço para nós. Se de fato concordarmos com a primeira citação (em relação ao domingo que os protestantes prestam homenagem a Igreja Católica), deveremos também concordar com a segunda (de que a Igreja Adventista tem dentro do seu credo uma doutrina católica alheia às Escrituras) como verdadeira. Obviamente, isto só acontecerá se existir um mínimo de honestidade em nosso coração.
Quem criou o embaraço foi a liderança da Igreja que, de forma desonesta, inseriu no seio adventista um doutrina inteiramente católica e inteiramente alheia às Escrituras.
Outras citações:
Afirmações semelhantes devem conduzir-nos a uma profunda reflexão e decisão. “O MISTÉRIO DA TRINDADE é a doutrina central da fé católica. Sobre essa doutrina estão baseados todos os outros ensinos da Igreja.” Manual para o Católico de Hoje, pág. 16.
De acordo com o texto acima. Qual é a fonte ou base de todas as doutrinas católicas, às quais denominamos "vinho de Babilônia"? A doutrina da TRINDADE! E a Igreja Adventista tem aceitado tal doutrina em seu credo?
Compare por você mesmo o que diz o Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana com o que é declarado nas Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
No Catecismo do Católico de Hoje, pág. 12, lemos:
No Manual da Igreja, pág. 10, lemos:
“2. A TRINDADE
“Há um só Deus. Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de Três Pessoas Co-eternas.”
E o livro Nisto Cremos, pág. 42, acrescenta:
“Embora a Divindade não seja apenas uma Pessoa, Deus é um em propósito, mente e caráter. Esta unicidade não oblitera as personalidades distintas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tampouco a existência destas personalidades separadas destrói o conceito monoteísta das Escrituras, de que Pai, Filho e Espírito Santo são um único Deus.” (CPB, 2000).
Por outro lado, a Bíblia afirma:
“Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” I Coríntios 8:6.
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos.” I Timóteo 2:5-6.
Podem mil palavras filosóficas contradizer algo tão claro? Sei que ao ler isto muitos se sentem como os católicos que descobrem um dia que Maria não está no Céu, mas segundo as Escrituras, descansa em uma sepultura aguardando a volta de Jesus. Sentem-se tristes, desapontados e enganados.
Eu sei, não é fácil aceitar isso. Mas é a VERDADE. Continuarão amando o erro fazendo de conta que a verdade não existe?
Leia esta outra citação surpreendente da própria REVISTA ADVENTISTA AMERICANA (Review and Herald), em um artigo escrito pelo pioneiro Tiago White, esposo de Ellen White:
“Como erros fundamentais nós poderíamos classificar como este falso sábado [o domingo], outros erros que os protestantes trouxeram da Igreja Católica, como o batismo por aspersão, A TRINDADE, a consciência dos mortos, o tormento eterno. O grupo que abraçou estes erros fundamentais fez isso ignorantemente, mas poderia a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo? Nós acreditamos que não.” Review and Herald, 12 de setembro de 1854. Ênfase acrescentada.
Nós acreditamos no ensino do tormento eterno? Claro que não! Isto não é bíblico. Nós acreditamos na imortalidade da alma? Não. Então por que aceitamos a trindade? Como podemos rejeitar os frutos da árvore e aceitar tomar um chá de sua raiz?
Notem o que diz o livro Estudos Bíblicos:
“No credo do Papa Pio IV, uma autorizada declaração da fé Católica Romana é encontrada no seguinte asserto: ‘Reconheço a Santa Igreja Católica Apostólica como mãe e soberana de todas as igrejas.’ – Artigo 10. Quando as professas igrejas protestantes repudiam o princípio fundamental do protestantismo, pondo de parte a autoridade da Palavra de Deus, aceitando em seu lugar a tradição e especulação humanas, adotaram o princípio fundamental da moderna Babilônia e exige uma proclamação da queda da moderna Babilônia...
“Ainda que muitos líderes do moderno protestantismo, conhecido como altos críticos, não tenham formalmente adotado o credo da Igreja de Roma, e não se tenham tornado parte orgânica desta corporação, mesmo assim pertencem à mesma classe ao rejeitar a autoridade da palavra de Deus, aceitando em seu lugar o produto de suas próprias argumentações. Há tanta apostasia num caso como no outro, e ambos devem ser incluídos, portanto, em Babilônia, e ambos se acharão envolvidos, afinal em sua queda”. Estudos Bíblicos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí-SP, págs. 213 e 214, artigo A QUEDA DA MODERNA BABILÔNIA.
Leiam o que diz o livro do Teologo adventista Alberto Timm
Isso é forte. É uma afirmação contundente. Exige uma proclamação da queda da moderna Babilônia, a qual fazemos prontamente em relação ao “cisco no olho” dos outros e deixamos de fazê-lo quando o “cisco” está no nosso.
Com freqüência os adventistas dizíam (não pregam mais): “A igreja fulano é filha de Babilônia porque aceita a doutrina da guarda do domingo em seu credo, e cairá com Babilônia e será grande a sua queda!” Assim, apontavam o dedo para lá. Só nos esquecemos de uma coisa: "Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem". Esquecem que o pecado também é deles e guardam durante anos esta capa de Acã em seu meio.
Em que estão baseadas as doutrinas do tormento eterno, a consciência dos mortos, a guarda do domingo, a adoração dos mortos e todas as outras doutrinas da Igreja Católica? Na TRINDADE. Esta doutrina faz parte do vinho. Na verdade, segundo a própria Igreja Católica, é a doutrina básica, o vinho mais envelhecido, o mais antigo, ao qual todas as nações pagãs têm bebido ao longo da história.
Tiago White faz uma importante pergunta que deveria nortear nosso posicionamento a partir de agora:
“Pode a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo?”
Ellen White escreveu:
“Triste verdade é que nós, como igreja, temos usado de complacência e tolerância dentro de nossa organização para com certas forças que têm literalmente sabotado os princípios do adventismo que temos defendido durante anos.” Testemunhos para Igreja, Vol. 5, pág:13, 14.