segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Arrependimento e o Dia da Expiação X Incidente Histórico de 1888



A purificação do santuário nunca pode completar-se até o incidente histórico de 1888 tornar-se plenamente entendido e o problema espiritual subjacente resolvido. Esse segmento particular de nossa história é especial­mente significativo. Isso está implícito  numa  declaração  escrita por Ellen White ao presidente da Associação Geral, O. A. Olsen, quatro anos após a assembléia de Mineápolis:
                                                                                         
"O pecado cometido no que teve lugar em Mineápolis permanece nos livros de registro do céu, assinalados contra os nomes daqueles que resistiram à luz, e permanecerá nos registros até que se faça plena confissão, e os transgressores se apresentem em total humildade perante Deus." (Carta 019, 01.09.1892).

Escritos seus posteriores indicam que "plena confissão" nunca foi feita e que a experiência de "total humildade perante Deus" não se fez sentir na maioria deles. Aqueles irmãos morreram todos, mas isso não significa que os "livros de registro do céu" estejam automaticamente apagados. Eles registram o pecado coletivo, bem como o pecado pessoal. A verdade fundamental que tem tornado os adventistas do sétimo dia um povo único é o de que a morte não purifica os livros de registro celestiais. A purificação deve ocorrer no "juízo investigativo", um Dia de Expiação coletivo e final.

A questão em debate não é a salvação das almas daqueles queridos líderes de um século atrás que resisti­ram à mensagem. Eles descansam no Senhor, em paz, enquanto permanecem prisioneiros em suas tumbas. A questão agora é a finalização da obra de Deus sobre a terra, desenvolvendo uma empatia há muito necessária com o Senhor de modo a que possamos verdadeiramente dar-Lhe "glória, porque vinda é a hora do Seu juízo". Precisamos recobrar nesta geração a bênção valiosíssima que nossos irmãos de um século atrás "sonegaram ao mundo" e "ao nosso povo, em grande medida" (1SM, 234, 235). Somos "um corpo" em Cristo, "uma cidade" ou uma comunidade espiritual coletivamente envolvida com aqueles irmãos do passado. O pecados deles é o nosso peca­do, à parte de arrependimento específico, inteligente.

O "corpo" está morno, afetado com enfermidade espiritual que pode ter origens identificadas que remontam a 1888. Uma nova geração deve agora interpretar corretamente o que ocorreu numa geração passada devido a suas profundas implicações para nossa condição espiritual hoje. A mensagem de Cristo para a Sua igreja dos últi­mos dias requer implicitamente um reexame de nossa história que subjaza  nosso complexo de "rico estou, de nada tenho falta" (Apocalipse 3:14-21).

Uma falha em assim fazer acarreta sobre nós a culpa de gerações passadas. Estamos sendo provados tão verdadeiramente quanto eles o foram. A semelhança do Calvário, 1888 é mais do que um mero evento histórico. A providência de Deus não permitirá que seja coberto pelo pó no sótão do adventismo, esquecido por uma nova geração. Aquilo representa o desenvolvimento de princípios que se aplicam novamente a cada geração até a vitória final da verdade.
Num certo sentido real, hoje estamos cada qual junto ao Calvário; também somos "delegados" da Assembléia de 1888. Seremos chamados a cumprir o que uma geração passada falhou em fazer. Uma profecia inspirada nos fala de como 1888 deve ser reexaminado:

"Deveríamos ser o último povo sobre a terra a abrigar no grau mais ínfimo o espírito de perseguição contra aqueles que estão levando a mensagem de Deus ao mundo. Esse é o mais terrível aspecto da falta de espírito cristão que já se manifestou entre nós desde a reunião de Mineápolis. Algum tempo será visto em seu verda­deiro caráter, com todo o peso dos ais que dele resultou. (GCB 1893, p.184; ênfase adicionada).

Um ex-presidente da Associação Geral também reconheceu que esta questão de 1888 deve permanecer um contínuo teste entre nós até que finalmente vençamos de fato:

"Alguns podem sentir-se melindrados ante a idéia de que Mineápolis seja citado [nestas reuniões, 1893]. Sei que alguns sentiram-se ofendidos e melindrados ante qualquer alusão àquela assembleia, e à situação ali. Mas tenhamos em mente que a razão porque alguém deva sentir-se assim é um espírito insubmisso de sua parte. Tão logo nos submetamos inteiramente, e humilhemos nosso coração perante Deus, a dificuldade se esvairá completamente. A própria ideia de que alguém se melindra revela imediatamente a semente da rebelião no coração. . . 
"Se falhamos numa ocasião, o Senhor nos lançará ao chão novamente; e se nós falhamos pela segunda vez, Ele novamente nos arrojará abaixo; e se falharmos uma terceira vez, o Senhor nos porá por terra  uma  vez mais. . . . Em lugar de nos sentirmos incomodados com a idéia de que o Senhor nos está arrojando ao mesmo chão, sejamos-Lhe gratos, e louvemo-Lhe incessantemente, pois essa é a misericórdia e compaixão de Deus. Qualquer outra coisa além disso é nossa ruína e destruição." (O. A. Olsen, Ibid., p. 188).

Hoje pode haver alguns que também se sentem "ofendidos e melindrados" de que se proceda uma tal in­vestigação da nossa história. Por que prestar tanta atenção ao passado trágico? Por que não esquecê-lo e ir "adiante" de onde agora estamos?

Segundo esse presidente da Associação Geral de 1893, sensíveis sentimentos de ressentimento a respeito de 1888 indicam uma atitude de coração em guerra com o Espírito Santo de Deus. Talvez o Senhor o impressionou a dizer o que disse. E Ellen White também nos lembra que há terrível perigo de esquecer o passado (VE 196). Uma predição feita por A. T. Jones na mesma sessão de 1893 parece propositalmente assestada sobre esse alvo:

"Haverá coisas vindouras que serão mais surpreendentes do que foi para aqueles que estavam em Mineápolis,--mais surpreendentes  do  que qualquer coisa que já tenhamos contemplado. E, irmãos, nos será requerido receber e pregar essa verdade. Mas a menos que você e eu tenhamos toda fibra desses espírito enraizado em nossos  corações,  trataremos essa mensagem e o mensageiro pela qual for enviada, como Deus tem declarado que temos tratado esta outra mensagem [de 1888]."  (GCB 1893, p. 185).

"Em 1888 na Conferência Geral realizada em Minneapolis, Minnesota, o anjo de Apocalipse 18 desceu para fazer sua obra, e foi ridicularizado, criticado e rejeitado, e quando a mensagem que ele trouxer novamente, alargar-se num alto clamor, será novamente ridicularizada, criticada e rejeitada pela maioria." E.G.White in Taking Up a Reproach. Também encontrado em Some History, Some Expe­rience, Some Facts, p. 1, por A.T.Jones. 

"Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses irmãos com pedras de sarcarmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais humilhante para a vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas arremedando e fazendo toda a sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar 40 anos." E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, 09.05.1892.


Extraido do Livro: 1888 Re-Examinado. 


Aconselhamos a todos os amados irmãos a dedicarem tempo e oração no estudo e compreensão da verdadeira justificação pela fé.
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