Hoje, o mesmo ideal que inspirou os reformadores deve ser o nosso. Poucas vozes estão levantando-se para pedir a verdadeira reforma. Eu pude ver gráças à Deus a apostasia reinante em todas as igrejas e religiões.
Os homens só querem saber de lucros com a obra de Deus, semelhantemente na época de Lutero. Querem status, um evangelho idolátrico, só de prosperidade, abominações diversas.
Faslsas doutrinas permeiam toda a cristandade, como a santificação do domingo, a trindade, a missa, a imortalidade da alma, culto às imagens, batismos espúrios, o luxo das igrejas.
Jesus chama homens como Lutero que viu a apostasia de sua igreja e tocou a trombeta, eu vi a apostasia da IASD e estou tocando a trombeta, outros estão vendo a apostasia de suas igrejas e também estão tocando a trombeta.
À semelhança de Lutero todos nós estamos sendo chamados de HEREGES, FILHOS DO DIABO, USADOS PELO DEMÔNIO, etc.
Inventam todo o tipo de mentiras sobre nós, para desacreditarem a verdade que pregamos, mas essa é a consequência de pregar somente a verdade, e todos sabemos disso.
Quem se disporá a sofrer por Cristo? Quem se disporá a ser caluniado, difamado, chamado de adúltero, de ladrão, de usado pelo demônio?
Os homens dizem que ninguém pode nos dar ouvidos, mas não era assim com os reformadores?
Eu pergunto, eles ficaram em suas igrejas?
Ao contrário foram expulsos, ou se retiraram, ou FORAM MORTOS na fogueira.
Hoje, milhartes estão sendo expulsos, ou se retiram, mas virá um tempo que muitos serão mortos pela fé no Deus único, quem está preparado?
Não se esqueçam, os mártires morriam cantando, pois tinham uma fé inabalável, você tem esta fé?
Lutero foi um grande homem de Deus, você também pode ser, mas terá que abandonar todos os seus conceitos e aceitar a verdade da palavra de Deus, eu aceitei, sou taxado de herege, sou desacreditado perante as pessoas, me chamam de tudo o que é ruim por causa da doutrina que prego, e você aceita seguir os passos de Jesus?
Ele também , foi chamado de belzebú, acusado de criar facções, de fundar uma seita, foi entregue à morte pelos da sua própria religião, não está acontecendo o mesmo hoje?
A todos que nos desacreditam, será que não estão a cumprir o que os fariseus faziam com Cristo?
Você é capaz de odiar uma pessoa porque está pregando a verdade pura?
O tempo está findando Jesus está voltando, Deus está levantando homens e mulheres de coragem que não temerão levantar sua voz de advertência e apregoarão o alto clamor.
seja como Lutero enfrente tudo e todos pela verdade.
IRMÃOS DE TODAS AS NAÇÕES.
AQUI VAI UMA ADVERTÊNCIA, O TEMPO ESTÁ FINDANDO, JESUS ESTÁ PRESTES A VOLTAR.
VOCÊ O QUE ESTÁ FAZENDO?
SAIA DA MORNIDÃO ESPIRITUAL, SAIA DA BABILÔNIA ESPIRITUAL, ACEITE A VERDADE.
REJEITE O FALSO DIA DE REPOUSO QUE É O DOMINGO, ACEITE E GUARDE O VERDADEIRO SÁBADO DO SENHOR.
REJEITE A FALSA DOUTRINA DA TRINDADE, ACEITE E ADORE O DEUS ÚNICO.
SIGA A JESUS VERDADEIRAMENTE, ACEITE O VERDADEIRO ESPÍRITO SANTO QUE É O ESPÍRITO DO PAI E DE SEU FILHO E NÃO UM TERCEIRO DEUS.
REJEITE A DOUTRINA DA IMORTALIDADE DA ALMA QUE É O CERNE DO ESPIRITISMO.
ACEITE E GUARDE OS DEZ MANDAMENTOS DE DEUS PROMULGADOS SINAI.
REJEITE ESTA ADORAÇÃO FALSA EM TEMPLOS, VOLTE A SIMPLICIDADE DO EVANGELHO PRIMITIVO, ADORE EM CASAS, NAS MONTANHAS, NOS LUGARES AFASTADOS, POIS DEUS NÃO ESTÁ MAIS NAS IGREJAS, MAS COM INDIVÍDUOS. VEM O GRANDE DIA!!! SE PREPARE!!! VOCÊ ESTÁ AVISADO!!! DECIDA ENQUANTO É TEMPO!!!
Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação.
O povo de Deus - alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas - pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelo exército de anjos maus, estão se preparando para a obra de morte. É então, na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o livramento de Seus escolhidos. Diz o Senhor: "Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa; e alegria de coração, como daquele que sai tocando pífano, para vir ao monte do Senhor, à Rocha de Israel. E o Senhor fará ouvir a glória da Sua voz, e fará ver o abaixamento do Seu braço, com indignação de ira, e a labareda do Seu fogo consumidor, e raios e dilúvio e pedras de saraiva." Isa. 30:29 e 30.
Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando,
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eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. Então o arco-íris, resplandecendo com a glória do trono de Deus, atravessa os céus, e parece cercar cada um dos grupos em oração. As multidões iradas subitamente se detêm. Silenciam seus gritos de zombaria. É esquecido o objeto de sua ira sanguinária. Com terríveis pressentimentos contemplam o símbolo da aliança de Deus, anelando pôr-se ao amparo de seu fulgor insuperável.
É ouvida pelo povo de Deus uma voz clara e melodiosa, dizendo: "Olhai para cima" (Luc. 21:28); e, levantando os olhos para o céu, contemplam o arco da promessa. As nuvens negras, ameaçadoras, que cobriam o firmamento se fendem e, como Estêvão, olham fixamente para o céu, e vêem a glória de Deus, e o Filho do homem sentado sobre o Seu trono. Divisam em Sua forma divina os sinais de Sua humilhação; e de Seus lábios ouvem o pedido, apresentado ante Seu Pai e os santos anjos: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." João 17:24. Novamente se ouve uma voz, melodiosa e triunfante, dizendo: "Eles vêm! eles vêm! santos, inocentes e incontaminados. Guardaram a palavra da Minha paciência; andarão entre os anjos"; e os pálidos, trêmulos lábios dos que mantiveram firme a fé, proferem um brado de vitória.
É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apoc. 16:17.
Essa voz abala os céus e a Terra. Há um grande terremoto
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"como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto". Apoc. 16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, "para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira". Apoc. 16:19 e 21. Grandes pedras de saraiva, cada uma "do peso de um talento", estão a fazer sua obra de destruição. As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado.
Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Dan. 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apoc. 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.
Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de
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Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos; entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. Os que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror.
Disseram os profetas da antiguidade, ao contemplar em santa visão o dia de Deus: "Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-poderoso como assolação." Isaías 13:6. "Entra nas rochas e esconde-te no pó, da presença espantosa do Senhor e da glória da Sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido." "Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-á pelas fendas das rochas, pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória da Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra." Isa. 2:10, 20 e 21.
Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. Fala de esperança e alegria aos fiéis, mas de severidade e ira aos transgressores da lei de Deus. Os que tudo sacrificaram por Cristo estão agora em segurança, como que escondidos no lugar secreto do pavilhão do Senhor. Foram provados, e perante o mundo e os desprezadores da verdade, evidenciaram sua
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fidelidade Àquele que por eles morreu. Uma mudança maravilhosa sobreveio aos que mantiveram firme integridade em face mesmo da morte. Foram subitamente libertos da negra e terrível tirania de homens transformados em demônios. Seu rosto, pouco antes tão pálido, ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz ergue-se em cântico triunfal: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza." Sal. 46:1-3.
Enquanto estas palavras de santa confiança ascendem a Deus, as nuvens recuam, e se vêem os constelados céus, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento negro e carregado de cada lado. A glória da cidade celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. Diz o profeta: "Os céus anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz." Salmo 50:6. Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre trovões e chamas foi do Sinai proclamada como guia da vida, revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra.
É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus. O Senhor lhes deu Sua lei; eles poderiam haver aferido seu caráter por ela, e conhecido seus defeitos enquanto ainda havia oportunidade para arrependimento e correção; mas, a fim de conseguir o favor do mundo, puseram de parte seus preceitos e ensinaram outros a transgredir. Esforçaram-se por compelir o povo de Deus a
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profanar o Seu sábado. Agora são condenados por aquela lei que desprezaram. Com terrível clareza vêem que se acham sem desculpas. Escolheram a quem servir e adorar. "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve." Mal. 3:18.
Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre eles, têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que o sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais vêem a verdadeira natureza de seu sábado espúrio, e o fundamento arenoso sobre o qual estiveram a construir. Acham que estiveram a combater contra Deus. Ensinadores religiosos conduziram almas à perdição, ao mesmo tempo que professavam guiá-las às portas do Paraíso. Antes do dia do ajuste final de contas, não se conhecerá quão grande é a responsabilidade dos homens no mister sagrado, e quão terríveis são os resultados de sua infidelidade. Somente na eternidade poderemos com acerto avaliar a perda de uma única alma. Terrível será a condenação daquele a quem Deus disser: Retira-te, mau servo.
A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória.
Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima
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da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Agora, não como "Homem de dores", para sorver o amargo cálice da ignomínia e miséria, vem Ele vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os mortos. "Fiel e verdadeiro", Ele "julga e peleja em justiça." E "seguiram-nO os exércitos no Céu". Apoc. 19:11 e 14. Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes - milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. "A Sua glória cobriu os céus" e a Terra encheu-se do Seu louvor. E o Seu resplendor era como a luz." Hab. 3:3 e 4. Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. "E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores." Apoc. 19:16.
À Sua presença "se têm tornado macilentos todos os rostos"; sobre os que rejeitaram a misericórdia de Deus cai o terror do desespero eterno. "Derrete-se o coração, e tremem os joelhos", "e os rostos de todos eles empalidecem." Jer. 30:6; Naum 2:10. Os justos clamam, a tremer: "Quem poderá subsistir?" Silencia o cântico dos anjos, e há um tempo de terrível silêncio. Ouve-se, então, a voz de Jesus, dizendo: "A Minha graça te basta." Ilumina-se a face dos justos, e a alegria enche todos os corações. E os anjos entoam uma melodia mais forte, e de novo cantam ao aproximar-se ainda mais da Terra.
O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de
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seu lugar. "Virá o nosso Deus, e não Se calará; adiante dEle um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dEle. Chamará os céus, do alto, e a Terra para julgar o Seu povo." Sal. 50:3 e 4.
"E os reis da Terra e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" Apoc. 6:15-17.
Cessaram os gracejos escarnecedores. Cerraram-se os lábios mentirosos. O choque das armas, o tumulto da batalha "com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue" (Isa. 9:5), silenciaram. Nada se ouve agora senão a voz de orações e o som do choro e lamentação. Dos lábios que tão recentemente zombavam irrompe o clamor: "É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" Os ímpios suplicam para que sejam sepultados sob as rochas das montanhas, em vez de ver o rosto dAquele que desprezaram e rejeitaram.
Aquela voz que penetra no ouvido dos mortos, eles a conhecem. Quantas vezes seus ternos e suplicantes acentos os chamaram ao arrependimento! Quantas vezes foi ela ouvida nos rogos tocantes de um amigo, um irmão, um Redentor! Para os que rejeitaram Sua graça, nenhuma outra voz poderia ser tão cheia de censura, tão carregada de denúncias, como aquela que durante tanto tempo assim pleiteou: "Convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?" Ezeq. 33:11. Quem dera para eles fosse a voz de um estranho! Diz Jesus: "Clamei, e vós recusastes; porque estendi a Minha mão, e não houve quem desse atenção; antes rejeitastes todo o Meu conselho, e não quisestes a Minha repreensão." Prov. 1:24 e 25. Aquela voz desperta memórias que eles desejariam ardentemente se desvanecessem - advertências desprezadas, convites recusados, privilégios tidos em pouca conta.
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Ali estão os que zombaram de Cristo à Sua humilhação. Com uma força penetrante lhes ocorrem as palavras do Sofredor, quando, conjurado pelo sumo sacerdote, declarou solenemente: "Vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Mat. 26:64. Agora O contemplam em Sua glória, e ainda O devem ver assentado à direita do poder.
Os que escarneceram de Sua declaração de ser Ele o Filho de Deus, estão agora mudos. Ali está o altivo Herodes, que zombou de Seu título real, mandando os soldados zombadores coroá-Lo rei. Estão ali os mesmos homens que com mãos ímpias Lhe colocaram sobre o corpo o manto de púrpura, e sobre a fronte sagrada a coroa de espinhos, e na mão, que não opunha resistência, um simulacro de cetro, e diante dEle se curvavam em zombaria blasfema. Os homens que bateram e cuspiram no Príncipe da vida, agora se desviam de Seu penetrante olhar, procurando fugir da subjugante glória de Sua presença. Aqueles que introduziram os cravos através de Suas mãos e pés, o soldado que Lhe feriu o lado, contemplam esses sinais com terror e remorso.
Com terrível precisão sacerdotes e príncipes recordam-se dos acontecimentos do Calvário. Estremecendo de horror, lembram-se de como, movendo a cabeça em satânica alegria, exclamaram: "Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama." Mat. 27:42 e 43.
Vividamente relembram a parábola dos lavradores que se recusaram a entregar a seu senhor o fruto da vinha, maltrataram seus servos, e lhe mataram o filho. Lembram-se também da sentença que eles próprios pronunciaram: O senhor da vinha "dará afrontosa morte aos maus". No pecado e castigo daqueles homens infiéis, vêem os sacerdotes e anciãos seu próprio procedimento e sua própria justa condenação. E, agora, ergue-se um clamor de agonia mortal. Mais alto do que o grito - "Crucifica-O, crucifica-O", que repercutiu pelas ruas de Jerusalém, reboa o pranto terrível, desesperado: "Ele é o Filho
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de Deus! Ele é o verdadeiro Messias!" Procuram fugir da presença do Rei dos reis. Nas profundas cavernas da Terra, fendida pela luta dos elementos, tentam em vão esconder-se.
Na vida de todos os que rejeitam a verdade, há momentos em que a consciência desperta, em que a memória apresenta a recordação torturante de uma vida de hipocrisia, e a alma é afligida por vãos pesares. Mas que é isto ao ser comparado com o remorso daquele dia em que o temor vem como assolação, em que a perdição vem como tormenta! (Prov. 1:27.) Os que desejariam destruir a Cristo e Seu povo fiel, testemunham agora a glória que sobre eles repousa. No meio de seu terror, ouvem a voz dos santos em alegres acordes, exclamando: "Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará." Isa. 25:9.
Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: "Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!" Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, revestidos de glória imortal, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" I Cor. 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.
Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste com o povo das gerações posteriores; sob este único ponto de vista se revela a grande degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a vivacidade e o vigor de eterna juventude. No princípio o homem foi criado à semelhança de Deus,
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não somente no caráter, mas na forma e aspecto. O pecado desfigurou e quase obliterou a imagem divina; mas Cristo veio para restaurar aquilo que se havia perdido. Ele mudará nosso corpo vil, modelando-o conforme Seu corpo glorioso. As formas mortais, corruptíveis, destituídas de garbo, poluídas pelo pecado, tornam-se perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva. Os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo aparecerão "na beleza do Senhor nosso Deus", refletindo no espírito, alma e corpo, a imagem perfeita de seu Senhor. Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca entendida completamente!
Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". I Cor. 15:52. À voz de Deus eles foram glorificados; agora, tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos "ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." Mat. 24:31. Crianças são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus.
De cada lado do carro de nuvens existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: "Santo", e as asas, movendo-se, clamam: "Santo", e o cortejo de anjos clama: "Santo, santo, santo, Senhor Deus todo-poderoso." E os remidos bradam: "Aleluia!" - enquanto o carro prossegue em direção à Nova Jerusalém.
Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes são dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei, que Se ergue majestosamente muito acima dos santos e anjos e de cujo rosto irradia benigno amor a todos.
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Por toda a hoste inumerável dos resgatados, todos os olhares se acham fixos nEle, todos os olhos contemplam a glória dAquele cujo "parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos filhos dos homens". Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória. Para cada um há uma coroa que traz o seu "novo nome" (Apoc. 2:17), e a inscrição: "Santidade ao Senhor." Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. Indizível arrebatamento faz vibrar todo coração, e toda voz se ergue em grato louvor: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre." Apoc. 1:5 e 6.
Diante da multidão de resgatados está a santa cidade. Jesus abre amplamente as portas de pérolas, e as nações que observaram a verdade, entram. Ali contemplam o Paraíso de Deus, o lar de Adão em sua inocência. Então aquela voz, mais harmoniosa do que qualquer música que tenha soado já aos ouvidos mortais, é ouvida a dizer: "Vosso conflito está terminado." "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Cumpre-se então a oração do Salvador por Seus discípulos:
"Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." "Irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória" (Jud. 24), Cristo os apresenta a Seu Pai como a aquisição de Seu sangue, declarando: "Eis-Me aqui, com os fiIhos que Me deste." "Guardei aqueles que Me deste." Oh! maravilhas do amor que redime! transportes daquela hora em que o infinito Pai, olhando para os resgatados, contemplar Sua imagem, banida a discórdia do pecado, removida sua maldição, e o humano de novo em harmonia com o divino!
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Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as almas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. E os remidos serão participantes de Sua alegria, vendo eles, entre os bem-aventurados, os que foram ganhos para Cristo por meio de suas orações, trabalhos e sacrifícios de amor. Reunindo-se eles em redor do grande trono branco, indizível júbilo lhes encherá o coração ao contemplarem os que ganharam para Cristo, e verem que um ganhou a outros, e estes ainda outros, todos trazidos para o porto de descanso, para ali deporem sua coroa aos pés de Jesus e louvá-Lo pelos séculos intérminos da eternidade.
Ao serem os resgatados recebidos na cidade de Deus, ecoa nos ares um exultante clamor de adoração. Os dois Adões estão prestes a encontrar-se. O Filho de Deus Se acha em pé, com os braços estendidos para receber o pai de nossa raça - o ser que Ele criou e que pecou contra o seu Criador, e por cujo pecado os sinais da crucifixão aparecem no corpo do Salvador. Ao divisar Adão os sinais dos cruéis cravos, ele não cai ao peito de seu Senhor, mas lança-se em humilhação a Seus pés, exclamando: "Digno é o Cordeiro, que foi morto." Apoc. 5:12. Com ternura o Salvador o levanta, convidando-o a contemplar de novo o lar edênico do qual, havia tanto, fora exilado.
Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniqüidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão. Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a
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queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.
Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite - as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, "digno é o Cordeiro" (Apoc. 5:12) "que foi morto e reviveu!" Apoc. 2:8. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.
Esta reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura a todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor.
No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono - cântico que ninguém podia
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aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra." Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o Sol, nem ardor algum. Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima". Apoc. 7:16 e 17.
Em todos os tempos os escolhidos do Salvador foram educados e disciplinados na escola da provação. Seguiram na Terra por veredas estreitas; foram purificados na fornalha da aflição. Por amor de Jesus suportaram a oposição, o ódio, a calúnia. Acompanharam-nO através de dolorosos conflitos; suportaram a negação própria - e experimentaram amargas
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decepções. Pela sua própria experiência dolorosa compreenderam a malignidade do pecado, seu poder, sua culpa, suas desgraças; e para ele olham com aversão. Uma intuição do sacrifício infinito feito para reabilitá-los, humilha-os à sua própria vista, enchendo-lhes o coração de gratidão e louvor, que os que nunca decaíram não poderão apreciar. Muito amam, porque muito foram perdoados. Havendo participado dos sofrimentos de Cristo, estão aptos para serem co-participantes de Sua glória.
Os herdeiros de Deus vieram das águas-furtadas, das choças, dos calabouços, dos cadafalsos, das montanhas, dos desertos, das covas da Terra, das cavernas do mar. Na Terra eram "desamparados, aflitos e maltratados". Milhões desceram ao túmulo carregados de infâmia, porque firmemente se recusavam a render-se às enganosas pretensões de Satanás. Pelos tribunais humanos foram julgados como os mais vis dos criminosos. Mas agora "Deus mesmo é o Juiz". Sal. 50:6. Revogam-se agora as decisões da Terra. "Tirará o opróbrio do Seu povo." Isa. 25:8. "Chamar-lhes-ão: Povo santo, remidos do Senhor." Ele determinou "que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado". Isa. 62:12; 61:3. Não mais são fracos, aflitos, dispersos e opressos. Doravante devem estar sempre com o Senhor. Acham-se diante do trono com vestes mais ricas do que já usaram os mais honrados da Terra. Estão coroados com diademas mais gloriosos do que os que já foram colocados na fronte dos monarcas terrestres. Os dias de dores e prantos acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar. Por entre o agitar dos ramos de palmeiras, derramam um cântico de louvor, claro, suave e melodioso; todas as vozes apreendem a harmonia até que reboa pelas abóbadas do céu a antífona: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E todos os habitantes do Céu assim respondem: "Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e
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honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre." Apoc. 7:10 e 12.
Nesta vida podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema da redenção. Com nossa compreensão finita podemos considerar muito encarecidamente a ignomínia e a glória, a vida e a morte, a justiça e a misericórdia, que se encontraram na cruz; todavia, com o máximo esforço de nossa faculdade mental, deixamos de apreender seu completo significado. O comprimento e a largura, a profundidade e a altura do amor que redime não são senão palidamente compreendidos. O plano da redenção não será amplamente penetrado, mesmo quando os resgatados virem assim como eles são vistos, e conhecerem como são conhecidos; antes, através das eras eternas, novas verdades desdobrar-se-ão de contínuo à mente cheia de admiração e deleite. Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação.
A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins se deleitavam em adorar - humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele suportou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário. O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue!"
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O mistério da cruz explica todos os outros mistérios. À luz que emana do Calvário, os atributos de Deus que nos encheram de temor e pavor, aparecem belos e atraentes. Misericórdia, ternura e amor paternal são vistos a confundir-se com santidade, justiça e poder. Enquanto contemplamos a majestade de Seu trono, alto e sublime, vemos Seu caráter em suas manifestações de misericórdia, e compreendemos, como nunca dantes, a significação daquele título enternecedor: "Pai nosso."
Ver-se-á que Aquele que é infinito em sabedoria não poderia idear plano algum para nos redimir, a não ser o sacrifício de Seu Filho. A compensação desse sacrifício é a alegria de povoar a Terra com seres resgatados, santos, felizes e imortais. O resultado do conflito do Salvador com os poderes das trevas, é alegria para os remidos, redundando para a glória de Deus por toda a eternidade. E tal é o valor de cada alma que o Pai está satisfeito com o preço pago; e o próprio Cristo, contemplando os frutos de Seu grande sacrifício, exulta, também.
A maior esperança de todos os fiéis seguidores de Cristo é sem dúvida nenhuma a volta do Mestre, não devemos jamais perder de vista essa promessa.
O mundo nos apresenta várias formas de desviar-nos da preparação necessária para encontrar com o Nosso Senhor nos ares, problemas diversos, doenças, tristezas as mais difíceis de encarar, problemas financeiros e a apostasia religiosa que impera neste mundo.
Mas, sei que a cada dia os sinais estão a anunciar que este evento maravilhoso está a acontecer.
A volta de Jesus, que virá à direita do Todo Poderoso para salvar o seu povo e destruir o pecado e pecadores que se rebelaram contra Deus e seu Filho e foram inimigos de sua obra.
Não devemos temer, pois quem segue a verdade do Deus único, jamais será desviado desta verdade, para ele esta promessa será o grande cumprimento da MANHÂ GLORIOSA.
A PROFECIA ESTÁ SE CUMPRINDO SOBRE A APOSTASIA DA IASD?
Ezequiel 8:7-13:
Ele me levou à porta do átrio; olhei, e eis que havia um buraco na parede. Então, me disse: Filho do homem, cava naquela parede. Cavei na parede, e eis que havia uma porta. Disse-me: Entra e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui.Entrei e vi; eis toda forma de répteis e de animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redor. Setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que se achava no meio deles, estavam em pé diante das pinturas, tendo cada um na mão o seu incensário; e subia o aroma da nuvem de incenso. Então, me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens?Pois dizem: O SENHOR não nos vê, o SENHOR abandonou a terra. Disse-me ainda: Tornarás a ver maiores abominações que eles estão fazendo... imagens em hospital de loma linda( detalhe hospital adventista)
Vista frontal do Hospital Adventista de Loma Linda.
Entrada principal do hospital.
Entrada da capela, corredor à direita...
Interior da capela, com altar e velas acesas à frente. Vela acesa também no chão!
Altar e velas um pouco mais de perto...
Velas do altar com imagens de "Nossa Sra. de Guadalupe" e do "Sagrado Coração de Jesus"!
As imagens nas velas acesas, mais de perto.
Ezequiel 8:17 a 9:7:
Então, me disse: Vês, filho do homem?Acaso, é coisa de pouca monta para a casa de Judá o fazerem eles as abominações que fazem aqui, para que ainda encham de violência a terra e tornem a irritar-me? Ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Pelo que também eu os tratarei com furor; os meus olhos não pouparão, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos em alta voz, nem assim os ouvirei. Então, ouvi que gritava em alta voz, dizendo: Chegai-vos, vós executores da cidade, cada um com a sua arma destruidora na mão. Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze. A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o SENHOR clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escrevedor à cintura, e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai; matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.Então, começaram pelos anciãos que estavam diante da casa. E ele lhes disse: Contaminai a casa, enchei de mortos os átrios e saí. Saíram e mataram na cidade.
"Certamente o senhor não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas." Amós 3:7
"As coisas encobertas pertencem ao senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." Deuteronômio 29:29
"O profeta que profetizar paz, só ao cumprir -se a sua palavra, será conhecido como profeta de fato enviado do senhor." Jeremias 28:9
"Pela manhâ cedo, se levantaram e saíram ao deserto de tecoa; e ao sairem eles, pôs-se Josafá em pé e disse: Ouvi-me ó Judá e vós moradores de Jerusalém! Crede no Senhor vosso deus e estareis seguros: crede em seus profetas e prosperareis." II Crônicas 20:20
Testemunhos:
Era muito penoso para mim relatar aos que erravam o que me havia sido mostrado concernente a eles.
Causa-me grande angústia ver outros perturbados ou entristecidos. e sendo obrigada a declarar as mensagens, queria muitas vezes abrandá-las e fazê-las parecer tão favoráveis às pessoas quanto eu podia, e então ficava à sós e chorava em angústia de espírito.Eu olhava àqueles que pareciam ter apenas a si mesmo para cuidar, e achava que, se estivesse em sua situação, não murmuraria. Era penoso descrever os testemunhos claros e incisivos a mim apresentados por Deus, ansiosamente aguardava o resultado; e, se as pessoas reprovadas se rebelavam contra a reprovação, e mais tarde se opunham à verdade, eu me perguntava: Terei eu apresentado as mensagensexatamente como deveria? Não havia algum meio de os salvar? E então me oprimia o coração uma angústia tal que muitas vezes achava que a morte seria um bem vindo mensageiro e a sepultura um suave lugar de descanso.
"Não comprendia o perigo e pecado de tal procedimento, até que em visão fui levada à presença de Jesus. Ele me olhou com semblante carregado, e desviou o rosto de mim. Não é possível descrever o terror e a agonia que então senti. Prostei-me sobre o rosto diante dele, mas não tinha ânimo para proferir uma palavra. Oh, quanto eu desejava ocultar-me e esconder-me daquela terrível expressão sombria! Pude compreender então até certo ponto quais serão os sentimentos dos perdidos, quando clamarem às montanhas e às rochas: "Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro." Apocalipse 6:16
Imediatamente um anjo me mandou levantar, e o quadro que meus olhos viram dificilmente poderá ser descrito. Diante de mim, havia uma multidão, de cabelos desgrenhados e vestes despedaçadas e cujo o rosto era a própria expressão do desespero e terror. Achegaram-se a mim e roçavam suas vestes nas minhas. Quando olhei as minhas vestes, vi que estavam manchadas de sangue. De novo cai como morta aos pés do meu anjo assistente. Não podia alegar uma desculpa, e desejava estar fora daquele santo lugar. O anjo me pôs de pé e disse: " Este não é o seu estado agora; mas esta cena lhe foi apresentada para que você saiba qual será sua situação se negligenciar declarar a outros o que o Senhor lhe revelou."
Com essa solene advertência bem clara para mim, sai para falar ao povo as palavras de reprovação e ensinamento que o Senhor me comunicava. Testemunhos para a igreja vol 5 páginas 656,657.
Quando vejo homens e mulheres trilharem o mesmo caminho ou cultivarem os mesmos traços de caráter que puseram em perigo outras pessoas e trouxeram agravo à causa de Deus, e que o senhor repetidas vezes corrigiu, poderia deixar de alarmar-me com isso? quando vejo almas tímidas, vergando ao peso do sentimento suas imperfeições, mas esforçando-se conscienciosamente por cumprir o que Deus declarou ser justo, e sabendo que o senhor nelas atenta com bondade, em razão de seu sincero empenho, não deveria eu ter palavras de animação e conforto para essas pessoas? Deveria remeter-me ao silêncio, como se não me tivesse sido revelado em visão definida cada caso individualmente?
"Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vir, e levar uma vida dentre eles, esse tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sanguedemandarei da mão do atalaia. A ti pois ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu pois avisarás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue, Eu demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livras-te a tua alma." Ezequiel 33:6-9.
Num sonho recente fui levada a uma reunião de pessoas, algumas das quais se esforçavam por abafar a impressão de um solene testemunho de advertência que eu lhes transmitira. Disiam: "Acreditamos nos testemunhos da irmâ White, quando, porém, nos diz coisas que não lhe foram diretamente reveladas em visão sobre caso apreço, suas palavras não têm para nós maior importância do que as de qualquer outra pessoa."
Então veio sobre mim o Espírito do Senhor e eu, erguendo-me, repreendi-os em seu nome. repetia-lhes em substãncia o que acima citei com relação ao vigia.
"Isto", disse-lhes, " Se adapta ao caso de vocês e ao meu".
" Se pois, aqueles a quem estas solenes advertências dizem respeito objetarem: " Isto não é senão a opinião individual da irmâ White, prefiro seguir o meu próprio juízo" e continuarem a fazer as mesmas coisas contra as quais foram advertidas, revelarão com isso que desprezam os conselhos divinos, e o resultado será justamente o que o Espírito de Deus me revelou que haveria de ser: Agravo à causa de Deus e perdição própria. Alguns no intuito de garantir melhor a sua própria atitude, apresentarão declarações dos testemunhos que pensam favorecer a sua opinião; dando-lhes a mais vigorosa interpretação possível; aquilo, porém, que torna suspeita a sua conduta, ou que não se coaduna com o seu modo de ver, denunciam como opinião individual da irmâ White, negando-lhe a origem divina e nivelando-o aos seus próprios conceitos.
Testemunhos para a igreja vol 5 páginas, 687,688.
"Muitos atualmente desprezam a fiel reprovação que Deus lhes envia pelos testemunhos. Foi-me mostrado que alguns chegaram mesmo a ponto de queimar as palavras escritas de reprovação e advertência, como fez o ímpio rei de Israel. Mas a oposição às ameaças de Deus não impede que elas se cumprem. Desprezar as palavras do Senhoir, transmitida por seus instrumentos escolhidos, só lhe provocará a ira, causando finalmente a ruína certa aos defensores.A indignação frequentemente se ascende no coração dos pecadores contra o agente que Deus escolheu para transmitir suas reprovações. Isto em todo tempo foi assim, e existe hoje o mesmo espírito que perseguiu e encarcerou a Jeremias por obedecer a palavra do Senhor."
Desde o início do meu trabalho, fui chamada a dar um testemunho direto e claro, a reprovar erros e não omitir nada de ninguém. Mas sempre tem havido aqueles que se opõem ao meu testemunho, e continuam a dizer palavras agradáveis, rebocando com argamassa fraca e destruindo a influência do meu trabalho.
O Senhor prometeu me guiar ao enfrentar a oposição e então individuos iriam se colocar entre mim e o povo para tornar o meu testemunho de nenhum efeito.
" Há alguns nestes últimos dias que clamarão: Dize-nos coisas aprazíveis, profetiza-nos ilusões. Isaías 30:10.
Este, porém, não é meu trabalho. Deus me colocou como reprovadora de seu povo; e tão seguramente como me colocou essa pesada carga, fará aqueles a quem essa mensagem é dada responsáveis pela maneira com que a tratam. Deus não se deixa escarnecer ( Gálatas 6:7), e aqueles que desprezam a sua obra receberão de acordo com seus atos. Não é um trabalho que me proporcione o favor ou o louvor dos homens. è um trabalho que apenas poucos apreciarão. Mas os que buscam tornar o meu trabalho duplamente difícil por suas falsas interpretações, vâs suspeitas e incredulidade, assim criando preconceito na mente de outros contra os testemunhos que Deus me tem dado, e limitando meu trabalho, têm que acertar esta questão com Deus, enquanto eu avançarei segundo a providência e meus irmãos o caminho perante mim. No nome e na força de meu Redentor eu farei o que posso.
... Meu dever não é satisfazer-me, mas realizar a vontade de meu Pai celestial, que tem dado este trabalho."
Se Deus me deu uma mensagem para transmitir para o seu povo, aqueles que me atrapalham na obra e emfraquecem a fé das pessoas nessas verdades não estão lutando contra o instrumento, mas contra Deus. "Não é o instrumento a quem vocês menosprezam e insultam, mas a Deus, que lhes tem dado essas advertências e reprovações." É quase impossível as pessoas oferecer maior insulto a Deus do que desprezando e rejeitando os instrumentos que Ele designou para didigi-los." Testemunhos para igreja vol 5 páginas 679,680.
"Por algumas noites tenho visto homens encaminhando nossos livros impressos à procura de algo para criticar, e o adversário postava-se ao seu lado, fazendo sugestões as suas mentes. O resultado natural de críticas insensatas seria trazer infidelidade às nossas fileiras". (Letter 70, 1910, páginas 1,3).
Ao se aproximar o povo de Deus dos perigos dos últimos dias, Satanás faz uma séria reunião com seus anjos para estabelecer o melhor plano para destruir a fé do povo de Deus.
Ele vê que as igrejas populares já estão acalentadas(adormecidas pelo seu poder enganador. Agradando-se de argumentos enganadores e das maravilhas da mentira, ele pode continuar mantendo-se sob seu controle. Disse Satanás:
u irei influenciar ministros populares para desviarem a atenção de seus ouvintes dos mandamentos de Deus.
Aquilo que as escrituras declaram ser uma perfeita lei de liberdade deve ser apresentada como jugo de escravidão. O povo aceita as explanações das Escrituras feita pelos ministros e não investigam por si mesmos. Portanto, operando por meio de ministros, eu posso controlar o povo de acordo com minha vontade.
Eu terei sobre a terra, como meus agentes, homens portando falsas doutrinas misturadas com apenas suficiente verdade para enganar as almas. Eu também terei presente descrentes que expressarão dúvidas com relação às mensagens de advertência do Senhor à sua igreja.
Se o povo lesse e acreditasse nessas admoestações, poderíamos ter pouca esperança em conquistá-los.
Porém, se pudermos desviar sua atenção dessas advertências, eles permanecerão ignorantes do nosso poder enganador e habilidade para enganar, e afinal, iremos segurá-los em nossas fileiras. Deus não permitirá que sua palavra seja desdenhada com impunidade, se pudermos manter almas enganadas por certo tempo, a misericórdia de Deus será retirada, e Ele os abandonará ao nosso completo controle."Testemunhos para Ministros, páginas 472,475.
"Ignorância não será desculpa para jovens e adultos, nem os livrará da punição pela transgressão da lei de Deus; porque existe em suas mãos uma fiel apresentação desta lei e de seus princípios e reinvidicações.
Não é suficiente ter boas intenções; não é suficiente fazer o que o homem pensa ser correto ou que o Pastor lhe diz ser correto. a salvação de sua alma está em jogo, e você deveria pesquisar as escrituras por si mesmo. Por mais forte que possam ser suas convicções, por mais confiante que você possa estar de que o pastor sabe o que é a verdade, isto não é o seu fundamento. Você tem um mapa indicando cada marco na jornada rumo ao céu, e você não deve adivinhar nada."
Exp. Three Angels Message, 29 e 30.
" Deus não condenará ninguém no juízo porque acreditou em uma mentira,ou conscienciosamente acariciou o erro; porém, será porque NEGLIGENCIARAM AS OPORTUNIDADES DE SE TORNAREM FAMILIARIZADOS COM A VERDADE."
(TM 437; Margareth davis, " Experince The three Angels Message, p. 30)
NÃO DESPREZAR O ESPÍRITO DE PROFECIA
"É o plano de Satanás enfraquecer a fé do povo de Deus nos testemunhos. A seguir vem o ceticismo com respeito a pontos vitais de nossa fé, os pilares de nossa posição, daí a dúvida quanto às escrituras, seguindo-se a marcha descendente à perdição.Quando os testemunhos, que outrora foram cridos, são postos em dúvida e desprezados, Satanás sabe que os que foram enganados não se deterão aí; e ele redobra os seus esforços até colocá-los em aberta rebelião, o que se torna incurável, e o fim é a destruição." Testemunhos para a igreja, vol 4, páginas 210,211.
" O derradeiro engano de Satanás será anular o testemunho do Espírito de Deus. " Não havendo profecia, o povo se corrompe." [ No inglês, o povo perece] Provérbios 29:18.
Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho. Carta 12, 1890.
Será ateado contra os testemunhos um ódio satânico. A atuação de Satanás será perturbar a fé das igrejas neles, por esta razão: Ele não pode achar caminho tão fácil para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidos. Carta 40, 1890." Mensagens escolhidas, vol 1 pág 48.
" Uma coisa é certa: os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás, abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos testemunhos do Espírito de Deus." Mensagens escolhidas, vol 3, Página 84.
" Alguns que professam a justiça, hão de, como Judas,entregar seu Senhor nas mãos de seus mais duros adversários. Esses que confiam em si mesmos, resolvidos, como estão, a seguir seu próprio caminho e a defender suas próprias idéias, irão de mal a pior, até estarem prontos a aceitar qualquer proposta, menos a de renunciar à sua própria vontade. Cegamente prosseguirão no caminho do mal e tão enganados a respeito de si mesmos, que, como os fariseus iludidos, imaginam estar fazendo a obra de deus. Cristo deu a conhecer o caminho por que certa classe havia de tomar quando tivesse oportunidade de desenvolver o seu legítimo caráter: " Até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos serei entregues; e matarão alguns de vós." Lucas 21:16.
Deus me concedeu, em conexão com esta obra, uma experiência definida e solene, e podem estar certos de que , enquanto a vida me for poupada, não deixarei de levantar a voz de advertência quando for impelida pelo espírito de Deus, quer os homens ouçam,quer deixem de ouvir-me. Não sou dotada de nenhuma sabedoria especial; sou apenas um instrumento nas mãos de Deus para fazer a obra que designou.
As instruções que tenho dado pela pena e de viva voz, são uma expressão da luz que Deus se dignou conceder-me.
Tentei expor-lhes os princípios que o Espírito de Deus, durante aons, tem estado a imprimir em meu espírito e a escrever em meu coração.
E agora, irmãos, eu os conjuro a que não se interponham entre mim e o povo,, desviando dele a luz que Deus lhe deseja dar. Não comprometam, pela crítica, a força, a virtude e a importância dos testemunhos. Nem imaginem que são capazes de analisá-los de modo a acomodá-los às suas idéias, pretendendo que Deus lhes tenha dado habilidade para discernir o que é luz do céu e o que é mera sabedoria humana.
Se os testemunhos não falarem de acordo com a palavra de Deus, podem rejeitá-los. Cristo e Belial não se unem. Por amor de Cristo, parem de confundir o espírito do povo com sofismas e ceticismo, tornano de nenhum efeito a obra que Deus deseja fazer. Não procurem pela falta de discernimento espiritual, fazer desse método de operação de Deus uma pedra de escândalo pela qual muitos venham a tropeçar e cair, ser enlaçados e presos.
As informações bíblicas e especialmente de Ellen G. White são tão claras quanto a essa questão da não-divindade e personalidade do Espírito que não dá para entender qual é mesmo o problema. Simplesmente não há uma Trindade, com três deuses iguais em tudo. Pelo contrário, quem inventou essa história de Trindade foi o próprio Satanás, que acabou expulso do Céu por pretender igualar-se ao Pai e ao Filho. Ele queria que o comando do Universo fosse dividido por três. Veja os relatos da Sra. White...
A Queda de Lúcifer
Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia unicamente a Cristo.
O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.
Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus, na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas Cristo era reconhecido como o soberano do Céu; Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus. Lúcifer pensou em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu Criador. Aspirava à altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do grande Criador e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o eterno Deus tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido a seu comando com grande entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante? Por que devia Cristo ser assim honrado acima dele?
Ele deixou a imediata presença do Pai, insatisfeito e cheio de inveja contra Jesus Cristo. Dissimulando seu real propósito, convocou os exércitos angelicais. Introduziu seu assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou a preferência que Deus dera a Jesus em prejuízo dele. Contou que, dali em diante, toda a doce liberdade que os anjos tinham desfrutado estava no fim. Pois não havia sido posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em diante render honra servil? Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles; que nunca mais ele se prostraria ante Cristo; que assumiria a honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o comandante de todos aqueles que se dispusessem a segui-lo e obedecer a sua voz.
Houve controvérsia entre os anjos. Lúcifer e seus simpatizantes lutavam para reformar o governo de Deus. Estavam descontentes e infelizes porque não podiam perscrutar Sua insondável sabedoria e verificar o Seu propósito em exaltar Seu Filho e dotá-Lo com tal ilimitado poder e comando. Rebelaram-se contra a autoridade do Filho.
Os anjos que eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à vontade de seu Criador. Justificaram o ato de Deus em conferir honra a Seu Filho e, com fortes razões, tentaram convencer Lúcifer de que não lhe cabia menos honra agora do que antes que o Pai proclamasse a honra que tinha conferido a Seu Filho. Mostraram-lhe claramente que Cristo era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos fossem criados, que sempre estivera à mão direita de Deus, e Sua suave, amorosa autoridade até o presente não tinha sido questionada; e que Ele não tinha dado ordens que não fossem uma alegria para o exército celestial executar. Eles insistiam que o receber Cristo honra especial de Seu Pai, na presença dos anjos, não diminuía a honra que Lúcifer recebera até então. Os anjos choraram.
Ansiosamente tentaram levá-lo a renunciar a seu mau desígnio e render submissão ao Criador; pois até então tudo fora paz e harmonia, e o que podia ocasionar esta voz discordante, rebelde?
Lúcifer recusou ouvi-los. Então afastou-se dos anjos leais e sinceros, denunciando-os como escravos. Estes anjos, leais a Deus, ficaram pasmados ao verem que Lúcifer era bem-sucedido em seu esforço para incitar a rebelião. Prometia-lhes um novo e melhor governo do que então tinham, no qual todos seriam livres. Grande número expressou seu propósito de aceitá-lo como líder e principal comandante. Ao ver que seus primeiros passos foram coroados de sucesso, vangloriou-se de que ainda haveria de ter todos os anjos ao seu lado, que seria igual ao próprio Deus e que sua voz autoritária seria ouvida no comando de todo o exército celestial. De novo os anjos leais advertiram-no, alertando-o quanto às conseqüências se ele persistisse; que Aquele que pôde criar os anjos tinha poder para retirar-lhes toda a autoridade e de alguma assinalada maneira punir-lhes a audácia e terrível rebelião. E pensar que um anjo pudesse resistir à Lei de Deus, que era tão sagrada como Ele mesmo! Exortaram os rebeldes a cerrar os ouvidos às razões fraudulentas de Lúcifer, advertindo-o, e a todos os que tinham sido afetados, que fossem a Deus e confessassem seu engano, por admitirem mesmo um pensamento que punha em dúvida Sua autoridade.
Muitos dos simpatizantes de Lúcifer ouviram o conselho dos anjos leais, se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho. O grande rebelde declarou então que estava familiarizado com a lei de Deus e se se submetesse a uma obediência servil seria despojado de sua honra. Nunca mais poderia ser incumbido de sua exaltada missão. Disse que ele mesmo e os que com ele se uniram tinham ido muito longe para voltarem, que enfrentaria as conseqüências, que nunca mais se prostraria para adorar servilmente o Filho de Deus; que Deus não perdoaria, e que agora precisavam garantir sua liberdade e conquistar pela força a posição e autoridade que não lhes fora concedida voluntariamente.
Os anjos leais apressaram-se a relatar ao Filho de Deus o que acontecera entre os anjos. Acharam o Pai em conferência com Seu Filho amado, para determinar os meios pelos quais, para o bem-estar dos anjos leais, a autoridade assumida por Satanás podia ser para sempre retirada. O grande Deus podia de uma vez lançar do Céu este arquienganador; mas este não era o Seu propósito. Queria dar aos rebeldes uma oportunidade igual para medirem sua força e poder com Seu próprio Filho e Seus anjos leais. Nesta batalha cada anjo escolheria seu próprio lado e seria manifesto a todos. Não teria sido seguro tolerar que qualquer que se havia unido a Satanás na rebelião, continuasse a ocupar o Céu. Tinham aprendido a lição de genuína rebelião contra a imutável Lei de Deus e isto era irremediável. Se Deus tivesse exercido Seu poder para punir este sumo rebelde, os anjos desafetos não se teriam revelado; portanto, Deus tomou outra direção, pois queria manifestar distintamente a todo exército celestial Sua justiça e juízo.
Guerra no Céu
Rebelar-se contra o governo de Deus foi o maior crime. Todo o Céu parecia estar em comoção. Os anjos foram dispostos em ordem por companhias, cada divisão com o mais categorizado anjo à sua frente. Satanás estava guerreando contra a lei de Deus, por causa da ambição de exaltar-se a si mesmo, e por não desejar submeter-se à autoridade do Filho de Deus, o grande comandante celestial.
Toda o exército celestial foi convocado para comparecer perante o Pai, a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a conferenciar com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, e mesmo de Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu. Então Satanás exultantemente apontou aos seus simpatizantes, quase a metade de todos os anjos, e exclamou: "Estes estão comigo! Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?" Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força.
Os anjos bons choraram ao ouvir as palavras de Satanás e sua exultante arrogância. Deus declarou que os rebeldes não mais podiam permanecer no Céu. Seu estado elevado e feliz tinha sido conservado sob a condição de obediência à lei que Deus dera para governar as elevadas ordens de seres. Mas nenhuma provisão tinha sido feita para salvar os que se aventurassem a transgredir Sua lei. Satanás tornou-se mais ousado em sua rebelião, e expressou seu desprezo à lei do Criador. Esta Satanás não podia suportar. Declarou que os anjos não precisavam de lei, mas deviam ser livres para seguir a própria vontade, a qual os guiaria sempre retamente; que a lei era uma restrição a sua liberdade; e que a abolição da lei era um dos grandes objetivos da posição que assumira. A condição dos anjos, pensava ele, necessitava de aperfeiçoamento. Assim não pensava Deus, que tinha feito leis, colocando-as em igualdade consigo mesmo. A felicidade de todos os anjos dependia de sua perfeita obediência à lei. Cada um tinha seu trabalho especial designado e, antes da rebelião de Satanás, existira no Céu perfeita ordem e ação harmônica.
Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda o exército celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes. Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu.
O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade, antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse o teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus podendo conversar com os anjos, e estes, com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência. -- História da Redenção, págs. 13-19.
“Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas...” Daniel 7:8.
INTRODUÇÃO
Existem muitas alusões sobre as questões envolvendo a pessoa de Ário com respeito às desavenças que tiveram lugar na igreja dos primeiros séculos da cristandade. O que poucos sabem é que tudo o que teve lugar ali; estava de antemão profetizado. Na seqüência dos eventos descritos no livro de Daniel com respeitos aos reinos deste mundo, foi revelado ao profeta cenas envolvendo a igreja, que se desdobrariam entre os séculos III e IV, culminando com apostasia desta e uma nova ordem de coisas.
A história nos tem ensinado que mudanças, justificáveis ou não, requerem sempre sacrifícios e, para tais sacrifícios sempre tem de haver um bode expiatório. Teriam os bispos do imperador Constantino feito de Ário e seus simpatizantes um bode expiatório? Quais foram às questões suscitadas que provocaram divisão e, quem na verdade as suscitaram? Quem de fato, estava tentando introduzir novos pensamentos na cristandade sem ser questionado?
É nosso objetivo trazer a tona um assunto muito ventilado dentre os conhecedores dos aspectos históricos envolvendo o mundo cristão; mas que, por limitar sua investigação dos fatos, por conta do preconceito reinante a certos nomes, desconhecem as verdadeiras causas e muitos menos sua relação com a revelação profética de Deus. Quem ousaria a semelhança de Ário enfrentar forças humanas maiores que a sua, em defesa da Palavra da Verdade, atraindo sobre si perseguição, infortúnio e calúnias? Conheça através deste artigo, a verdade oculta sobre os ensinos de Ário.
O INÍCIO DA DEMANDA
“Tive desejo de conhecer a respeito do quarto animal... e também das dez pontas que tinha na cabeça e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta...” Daniel 7:19 e 20.
Da parte de um destacado evangelista do mundo cristão, lemos a seguinte declaração encontrada em seu livro: “Naquele período, a Igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja. A Igreja tinha crescido. Já não era mais formada por aquele pequeno grupo que seguiu a Jesus. Havia igrejas cristãs nas maiores metrópoles da época. A quem deviam obedecer? Tinha que haver uma cabeça.” - O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pág. 41 e 42.
Depois do período de pureza espiritual e doutrinária da igreja marcado pelo simbolismo do cavalo branco de apocalipse 4, vemos entrar em ação o cavalo vermelho dando lugar a uma crise espiritual e doutrinária dentro da igreja que levará os próprios cristãos a derramar sangue cristão. O pano de fundo desta crise será inteiramente político. O professo recém-convertido Constantino fará cessar a perseguição pagã contra os cristãos; mas, induzirá bispos bajuladores a provocar uma perseguição interna por disputas de postos eclesiásticos junto ao império. No afã de agradar o imperador, e estando o imperador certo da inclinação destes nesse sentido; o mesmo apresentará uma estratégia cuja visão seja a de unir cristãos e pagãos. Agora, o que tanto o imperador quanto alguns eclesiásticos não ignoravam era o fato de que, tal empreitada envolvia um processo de conciliação entre partes. Isso vai significar uma adaptação das crenças pagãs às crenças cristãs. O fato é que o imperador queria um império com apenas uma religião. Esta igreja precisava ter um líder, uma cabeça; seria esta, a ponta pequena da qual falara Daniel? O livro citado continua: “Bom, se Roma era o poder político que dominava o mundo, seria lógico que o bispo de Roma passasse a ter o comando da Igreja mundial. Mas os bispos de outras cidades não aceitaram isso facilmente, o que deu origem a guerras sanguinárias.” – Ídem, pág. 42.
É aí que começa os conflitos doutrinários dentro da igreja. O pensamento unânime que até ali havia imperado, a pureza doutrinária que até então havia prevalecido a despeito das conseqüências, enfim, a religião cristã conforme herdada pelos apóstolos, por esses tempos, vai começar a ser eclipsada. Poderíamos adentrar os vários aspectos doutrinários que teve lugar nessa empreitada; entretanto, concentrar-nos-emos apenas naqueles que se referem à Ário; digo: com respeito a Trindade. Um renomado pastor do século dezenove diz: “Certo Alexandre era bispo de Alexandria. Ário [256-336] era um presbítero encarregado de uma paróquia na mesma cidade. Alexandre tentava explicar a ‘unidade da Santa Trindade’. Ário divergia dos pontos de vista expostos por Alexandre. Um tipo de sínodo dos presbíteros da cidade foi convocado, e a questão foi discutida. Ambas as partes declararam vitória, e a controvérsia se espalhou. Então Alexandre convocou um concílio de cem bispos, pela maioria dos quais os pontos de vistas de Alexandre foram endossados. Nisso, Ário foi ordenado a abandonar suas próprias opiniões, e a adotar as de Alexandre. Ário se recusou, e Alexandre o excomungou e a todos os que com ele mantinham a mesma opinião, dos quais havia um número considerável de bispos e de outros clérigos, e muitos do povo.” (A.T.Jones, As Duas Repúblicas, pg. 332; The Review and Herald Publishing Company, Batlle Creek, Michigan.)
Vimos aqui, que quem deu início ao conflito doutrinário na igreja não foi Ário; e sim um Bispo de Alexandria. O que é que ele tentava explicar? A ‘unidade da Santa Trindade’. É óbvio que ele estava tentando o impossível num assunto totalmente desconhecido pela igreja até então e, mesmo desnecessário como até ali havia sido. Até ali a igreja tinha sido uma igreja unida, poderosa e vibrante; mas... tal cenário está prestes a mudar. O pior de tudo é que quem vai levar o estigma por tudo isso não é quem começou; mas como sempre, quem se levantou para preservar tal estado. Será que não temos visto tal história se repetindo nas igrejas de hoje?
O texto do evangelista citado continua: “No entardecer do século IV, o arianismo (uma doutrina que nega a divindade de Cristo) foi aceito entre os povos bárbaros. No século seguinte, os cristãos, representados pelo bispo de Roma e Constantinopla, defensores da divindade de Cristo, travaram lutas cruéis contra os bárbaros arianos.” – Ídem, pág. 42. A entrada aparente de Constantino para a igreja, no início do século IV; as demandas doutrinárias por força de questões políticas começarão a ter lugar na cristandade. É claro que isso será percebido por alguns líderes da igreja que não ficarão inertes diante de tal situação. Terá então lugar guerras sanguinárias resultantes da guerra doutrinária dentro da igreja, infelizmente. Os que se amavam passam a se odiarem. O assunto da Trindade trouxe benção ou maldição para a igreja?
A DEMANDA SE AGRAVA
“Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? S. Mateus 12:26.
Lemos acima que, ‘os cristãos, representados pelo bispo de Roma e Constantinopla, defensores da divindade de Cristo, travaram lutas cruéis contra os bárbaros arianos’.Ário, demais bispos e cristãos, são acusados de negarem a divindade de Cristo. Seria isto verdade? De acordo com Daniel, a ponta pequena derrubaria três dos dez reinos bárbaros. Todo conhecedor da história da igreja no âmbito da profecia, sabe que a ponta pequena de Daniel 7 se refere ao bispo de Roma. No século IV, unidos ao bispo de Roma, digo, a ponta pequena; estavam todos os demais cristãos contra os cristãos arianos. O império estava se esfacelando em dez reinos, conforme a profecia predissera. Três destes dez aceitaram o cristianismo sob o conceito doutrinário primitivo, sustentado e transmitido por Ário e demais bispos da cristandade. Sendo assim, se a ponta pequena; isto é, o bispo de Roma era um agente de satanás, como poderia o inimigo combater seu próprio exército, uma vez que os arianos eram os ditos hereges? Estava satanás guerreando contra si mesmo? Vamos entender a questão envolvendo a origem e divindade de Cristo isenta de falsas acusações conforme crida e promovida pelos mal-intencionados e/ou desinformados. Por parte de um destacado estudioso da história eclesiástica temos que:
“O Concílio de Nicéia reuniu-se em reação ao ensino de Ário... Como Orígenes ele cria que o Pai é maior que o Filho... Ele introduziu um monoteísmo radical ao sistema de Orígenes e concluiu que apenas o Pai é Deus. O Filho é através de quem o Pai criou o universo... “Houve um momento quando ele não era”. “Nós somos perseguidos porque dizemos que o Filho teve um começo...” Tony Lane - Pensamento Cristão, vol. I, pg. 41.
Ora, ora, não disse o próprio Cristo que o Pai é maior do que Ele (João 14:28)? não eram os apóstolos, sendo judeus, monoteístas radicais (I Cor. 8:4 e 6)? Não criou mesmo o Pai todas as coisas através do Filho (Heb. 1:2)? Não nos diz a própria Bíblia que Cristo teve um começo (Prov. 8:22-36)? Não foi no Concílio de Nicéia e demais outros que as verdades da Palavras de Deus foram sendo lançadas por terra pouco a pouco e o poder da ponta pequena se fortalecendo? Não era Ário e demais bispos que estavam forçando uma nova teologia; mas sim, seus opositores. É claro que alguém ali estava fazendo o serviço de satanás; o leitor teria coragem de afirmar quem dos dois grupos o estavam? Outro destacado teólogo e pastor da cristandade vai também dizer: “Um erro que tem circulado pelo cristianismo ao longo do tempo, é dizer que tudo ligado ao Arianismo está associado com a crença de que Cristo era um ser criado. [Nota de rodapé: é duvidoso que muitos tenham acreditado que Cristo foi um ser criado. Geralmente, esses grupos evangélicos que se opuseram ao papado e foram marcados com ferro de Arianos, confessaram ambos a divindade de Cristo e que Ele foi gerado, não criado, pelo Pai. Eles recuaram de outras deduções extremas e especulações relativas a Divindade Suprema(Deus-Pai).]” (Benjamim G. Wilkinson, Verdade Triunfante, pág. 92). Como é que ele coloca mesmo? ‘esses grupos evangélicos que se opuseram ao papado e foram marcados com ferro de Arianos’. Mas como ‘grupo evangélico’ se outro clérigo, conforme já citado diz o contrário afirmando que ‘os cristãos, representados pelo bispo de Roma e Constantinopla, defensores da divindade de Cristo, travaram lutas cruéis contra ‘os bárbaros arianos’?
Temos duas situações revelando dois grupos:
ØPor Wilkinson – Arianos (grupos evangélicos) x Papado;
ØPor Bullón – Bispo de Roma (cristãos) x Bárbaros Arianos.
Sinto muito, mas... a evidência bíblica e profética de quem estava fazendo a obra de satanás para mim fica muito clara. Temos desmentido o fato de que os arianos criam sim na divindade de Cristo e continuavam mantendo os ensinos dos profetas e dos apóstolos de que Cristo era Filho de Deus por ter sido gerado e não criado por Ele. Que Cristo é Filho do homem, por ter sido gerada na humanidade ninguém tem dúvidas; agora, e quanto a sua divindade por ter sido gerado no seio do Pai? Que o Pai é a divindade suprema as Escrituras não fazem nenhum segredo. O capítulo 7 de Daniel e os capítulos 4 e 5 de Apocalipse nos deixa bem clara a posição do Pai e a posição do Filho em termos hierárquicos. O dogma da Trindade nega tudo isso. Por isso foi rejeitado pelos filhos de Deus e irmãos do Cordeiro. E o é até hoje. Além do mais; o dogma da Trindade evoca adoração a três, quando na verdade a adoração bíblica é dirigida apenas ao Pai e ao Filho unicamente. Não existe um único verso na Bíblia que mostre o Espírito Santo sendo adorado. É claro que cremos no Espírito Santo; mas como o Espírito de Deus conforme as escrituras ensinam; nada mais.
O DESFECHO INEVITÁVEL
O próprio Eusébio era um dos bispos que ficaram do lado do defensor da verdade; porém, a manutenção desta exige um preço muito alto – o isolamento, anonimato e difamação. Infelizmente, ele cedeu às pressões. Satanás por intermédio da ponta pequena não estava prá brincadeira. “Eusébio também escreveu várias obras apologéticas, bíblicas e dogmáticas. Ele não era um teólogo tão forte como era historiador. Apoiou o herege Ário e foi temporariamente excomungado no Concílio de Antioquia, no início de 325. No grande Concílio de Nicéia, mais tarde naquele ano, teve a oportunidade para se reabilitar, e foi o que fez. Mas este foi o preço de assinar o Credo de Nicéia, o que podia fazer apenas com grande angústia e muita duplicidade.” Pensamento Cristão, vol. I, pg. 40.
Eu tenho visto isso acontecer e muito nos dias de hoje, quando a verdade anda cambaleando por ter poucos que a sustentem em meio a turbulência da oposição. Se alguém ainda tem dúvidas sobre o que de fato ocorreu nos séculos três e quatro com respeito a profecia de Daniel 7, deixo este texto para reflexão.
“Esse poder surgiu do Império Romano, o quarto animal (terrível e espantoso), como uma ponta, a princípio pequena (Roma Papal) (Dan. 7:7 e 8), que arrancaria três dos primeiros chifres, e os santos lhes seriam entregues. Estes três poderes (chifres) foram sendo paulatinamente conquistados: Hérulos – no ano 493 d.C.; Vândalos – no ano 534 d.C.; Ostrogodos – no ano 538 d.C. Em 533 d.C., Justiniano reconheceu a supremacia eclesiástica do Papa como o cabeça de todas as santas igrejas. Em 538, o Papa ficou livre do poder dos reinos arianos e se firmou com autoridade.” O Tempo do Fim, CPB, 10. Ou seja, finalmente, depois de muitos sacrifícios humanos, um cabeça foi colocado – o papa (representante de satanás – ver livro, O Grande Conflito, CPB, capítulo 3). Não tem algo de estranho nisso tudo? Não está a corrente história sendo mal contada?
CONCLUSÃO
“A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo Concílio de Nicéia em 325 A.D. Essa doutrina destrói a personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha.” Adventist Review, 6 de Março de 1855. J. N. Andrews.
Sou um ariano assumido; que abomino o dogma da trindade e outros mais estabelecidos na cristandade nos concílios presidiados pelo inimigo da verdade. Sei conscientemente que ali teve o cumprimento de uma profecia e; como sempre acontece, o Diabo sempre faz parecer que os certos são errados e os errados são os certos. Mas não tem nada não, viu! o remanescente continua aqui. Cristo disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra Sua igreja e nós somos uma prova e testemunho disso.
Esta é a verdade para quem a ama e a busca como a tesouros escondidos. Agora... para aqueles que fazem vistas grossas; continuem apoiando a má obra da ponta pequena contra o resto. Tem nada não, viu; quem sorri por último, sorrirá melhor.
“Nossos oponentes (os protestantes) as vezes reivindicam que nenhuma crença deveria ser dogmatizada que não seja explicitamente declarada na Bíblia... mas as igrejas protestantes por elas mesmas tem aceitado tais dogmas como a trindade pela qual não há nenhuma autoridade precisa nos evangelhos.” Revista Life – Católica 30/10/50.