segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Verdade Irrefutável e o Grande Conflito


"Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem." Tiago 2:19.

Muitos são os temas que foram e que estão sendo debatidos, no que diz respeito ao grande conflito que se originou no Céu e terá o seu desfecho aqui na Terra. No entanto, dos vários temas posso destacar apenas três que são fundamentais: Criação (quem são os Criadores), Adoração (a quem devemos adorar) e Filiação (qual é a relação do Messias com o Pai). Embora tenha destacado estes três temas, somente o último será desenvolvido neste estudo.
Irei apresentar algumas citações do Espírito de Profecia e concluirei com algumas passagens da Escritura Sagrada.

AFIRMAÇÕES DO ESPÍRITO DE PROFECIA
“... Cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder de que era prerrogativa de Cristo, unicamente, fazer uso”. (O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. p. 497. Confira também em: Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991.p. 15[35].).
O Grande Conflito foi publicado em 1887. Em 1911 foi reeditado.
 “... A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se tinha também direito à reverência e à honra. ...”.
Não tinha havido mudança alguma na posição ou autoridade de Cristo. A inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio. Muitos dos anjos, contudo, ficaram cegos pelos enganos de Lúcifer”.
“... Anjos que eram fiéis e verdadeiros sustentavam a sabedoria e justiça do decreto divino, e se esforçavam por reconciliar este desafeto com a vontade de Deus. Cristo era o Filho de Deus; tinha sido um com Ele antes que os anjos fossem chamados à existência. ...”. (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. pp. 18-19[37-39].).
LÚCIFER no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. ...”
O grande Criador convocou as hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar as hostes celestiais. ...”
Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho. ...”. (História da Redenção. 3ª ed. 1981. pp. 13 e 16.).
Outras citações poderiam ser listadas aqui, mas não as relacione, porque muitas já são bem conhecidas. Creio, no entanto, que essas que foram apresentadas sejam suficientes para identificarmos a relação que existia e que existe entre os dois grandes Criadores que são dignos de nossa adoração, bem como de cada um dos seres do Universo. Nos escritos de Ellen G. White, encontramos inúmeros relatos onde são apresentados como Pai (o Ser supremo do Universo) e Filho (o Ser imediato ao Pai em poder, glória e autoridade; etc.).
Portanto, não há o que contestar sobre as afirmações de Ellen G. White. Ela é explicita e positiva.
Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus”. (Testemunhos Seletos. Vol. III. 5ª ed. 1985. p. 266.).
Essa citação é parte de um contexto (material) que foi publicado em 1904, vol. 8, págs, 263-273.

AFIRMAÇÕES DA ESCRITURA SAGRADA
Na Escritura Sagrada, também, temos afirmações explicitas quanto à relação existente entre as duas grandes personalidades do Universo.
Na segunda Epístola, o apóstolo João assim declarou sobre as duas personalidades:
“A graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor”. (verso 3 - ARA).
Nas palavras do próprio Messias, podemos citar também:
“Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17 – ARA).
Contudo, o ponto principal do estudo que estou redigindo, encontra-se nas três tentações (analisadas segundo a ordem registrada no livro de Mateus) sofridas pelo Messias. Nelas encontramos verdades irrefutáveis.

INTRODUÇÃO:
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. (Mat. 4:1 – ARA).

A PRIMEIRA TENTAÇÃO
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. (Mat. 4:2-4 – ARA).
De acordo com esta tentação, além do muito que já foi comentado por Ellen G. White e por outros autores, percebemos uma verdade irrefutável por trás das palavras do tentador, mas ela está muito mais explicita na afirmativa do Filho do Eterno.
O tentador sabe que o Messias é o Filho (o Unigênito) do Eterno. Ele estava presente nas reuniões onde perante todos os anjos, o Pai havia feito declarações a respeito do Seu Filho. No entanto, era o objetivo dele que o Salvador duvidasse das palavras do Seu Pai.
Portanto, nessa primeira tentação, apresentada de duas maneiras diferentes, encontramos uma verdade irrefutável.
A primeira maneira:
O tentador, de maneira duvidosa, declara que o Messias é Filho do Eterno. Porque o objetivo dele é fazer com que o Messias deixe de crê em uma verdade irrefutável – Ele é Filho do Eterno.
 A segunda maneira:
O próprio Messias afirma – por meio das palavras do Pai – que Ele é Filho do Eterno. Por isso, Ele se apegou ao que estava escrito e as palavras que saíram “da boca de Deus”:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. (Mat. 3:17 – ARA).
Portanto,, eram dessas palavras que saíram “da boca de Deus” que o Filho jamais poderia duvidar. Porque o Pai, em outro lugar, também, falou de maneira clara e positiva. “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi”. (Mat. 17:5 - ARA).

A SEGUNDA TENTAÇÃO
Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. (Mat. 4:5-7 – ARA).
Nessa tentação, além do tentador sutilmente insinuar a duvida, para que o Filho negasse a filiação divina, ele ainda sugeriu que o Messias tentasse ao Seu Pai. Por isso o Filho do Eterno declarou:
Não tentarás o Senhor, teu Deus”. (Mat. 4:7 – ARA).
Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17).

A TERCEIRA TENTAÇÃO
Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”. (Mat. 4:8-10 – ARA).
Como o tentador percebeu que não conseguiu fazer o Messias negar a filiação divina, fazendo um milagre em Seu benefício ou tentando ao Seu Pai, ela agiu de maneira clara e direta na terceira tentação:
Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”.  (Mat. 4:9 – ARA).
Mais uma vez o Filho do Eterno respondeu dizendo: “Está escrito”. Estas duas palavras encontram-se como ancora que nos sustentará neste grande conflito onde o tentador questiona a filiação divina do Messias. Por isso, os seus seguidores seguem-lhe o exemplo.
Não tinha havido mudança alguma na posição ou autoridade de Cristo. A inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio. Muitos dos anjos, contudo, ficaram cegos pelos enganos de Lúcifer”. (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 18[37-38].).
Outro destaque que reforça a posição e filiação do Messias em relação ao Pai é:
Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”. (Mat. 4:10 – ARA).
Falando em relação ao Pai, em sua Epístola,Tiago escreveu:
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”. (Tiago 1:13 – ARA).
Sobre as tentações do Messias, Ellen G. White escreveu o seguinte:
Satanás estava a procurar discussão com Jesus quanto a ser Ele o Filho de Deus. Referiu-se à Sua condição fraca e sofredora, e jactanciosamente afirmou que era mais forte do que Jesus. Mas a palavra, do Céu falada: ‘Tu és o Meu Filho amado, em Ti Me comprazo’ (S. Lucas 3:22), foi suficiente para alertar a Jesus através de todos os Seus sofrimentos. Vi que Jesus nada tinha a fazer quanto a convencer Satanás acerca de Seu poder, ou de ser Ele o Salvador do mundo. Satanás tinha prova suficiente da posição exaltada e da autoridade do Filho de Deus. Sua indisposição para render-se à autoridade de Cristo, excluíra-o do Céu”.
“... Ele deveria curvar-Se unicamente ante Seu Pai. ...”. (Primeiros Escritos. 5ª ed. 1995. p. 155-156 e 157.).

A VITÓRIA
Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. (Mat. 4:11 – ARA).
No que diz respeito à vitória, podemos acrescentar o seguinte comentário de Ellen G. White:
Quando Jesus chegou ao deserto, estava rodeado da glória do Pai. Absorto em comunhão com Deus, foi erguido acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e Ele foi deixado a lutar com a tentação. Ela o apertava a todo instante. ...”. (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. p. 118.).
Essa glória é a mesma que desceu sobre Ele no batismo:
“... O próprio Pai responderá à petição do Filho. Diretamente do trono são enviados os raios de Sua glória. Abrem-se os céus, e sobre a cabeça do Salvador desce a forma de uma pomba da mais pura luzfiel emblema dEle, o Manso e Humilde”.
Dentre a massa à beira do Jordão, poucos, além do Batista, divisaram essa visão celeste. Entretanto, a solenidade da divina presença repousou sobre a assembléia. O povo ficou silencioso, a contemplar a Cristo. Seu vulto achava-se banhado pela luz que circunda sem cessar o trono de Deus. Seu rosto erguido estava glorificado como nunca dantes tinham visto um rosto de homem. Dos céus abertos, ouviu-se uma voz, dizendo: ‘Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo’”. (Ibidem. p. 112.).
De acordo com essas citações de Ellen G. White, o Espírito que desceu sobre o Messias após o seu batismo, no rio Jordão, foi a glória que circunda o trono do Pai.
“... Diretamente do trono são enviados os raios de Sua glória. ...”. “... Seu vulto achava-se banhado pela luz que circunda sem cessar o trono de Deus. ...”.
A nossa vitória neste grande conflito, também envolve as mesmas verdades que o tentador queria fazer o Filho do Eterno negar ou pelo menos duvidar. Ou seja, negar a verdade irrefutável – o Messias é o Filho unigênito do Eterno. Por conseguinte, implica dizer que devemos adorar apenas ao Pai e ao Filho, porque ambos são os nossos Criadores. Eclesiastes 12:1 (Texto em Hebraico. Lembra-te dos Teus Criadores).
Portanto, concluirei esta matéria com a seguinte pergunta:
Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”. (1João 5:6 – ARA). – josielteli@hotmail.com

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